A introdução alimentar (IA) é um marco muito importante na vida do bebê e deve ser feita com muito carinho e paciência. É importante entender que a IA é um processo que geralmente começa aos 6 meses e vai até os 12 meses.
É preciso alinhar as expectativas dos pais. Cada bebê tem o seu tempo para iniciar e avançar diante a introdução alimentar. No Brasil a recomendação, na maioria dos casos, é iniciar aos 6n meses caso o bebê possua sinais de prontidão. Irei listar os principais:
– Levar objetos à boca;
– Sentar-se com o mínimo de apoio;
– Firmeza do pescoço;
-Interesse pela comida;
Ainda existem diferentes tipos de introdução alimentar: tradicional, BLW, participativa, Bliss. Sempre explico os métodos mostrando as peculiaridades para os cuidadores escolherem o que se encaixa melhor com a dinâmica da família.
Em relação a quantidade, quem irá escolher é o bebê, no ritmo dele. É necessário respeitar e não forçar a alimentação. Uma idéia é iniciar com cerca de duas colheres de sopa.
A princípio, em uma criança saudável, todos grupos alimentares podem ser oferecidos a forma e a ordem de oferta deve ser combinada junto com seu nutricionista. Sobre a oferta de água, ela começa junto com a introdução alimentar. Ainda, vale ressaltar que a escolha correta de talheres, cadeiras, pratos e copos ajudam muito no processo.
A família também precisa saber sobre os principais sinais de fome (choro, inclinação para o alimento, irritação, agarrar a colher e/ou alimento) e saciedade (virar a cabeça, distrair com facilidade, cuspir a comida, cerrar a boca, empurrar a comida, balançar a cabeça com um “não”).
Por último, gostaria de ressaltar a importância de os cuidadores entenderem bem a diferença de um GAG (que é um reflexo normal e esperado) e de um engasgo, bem como a necessidade de saber fazer manobra para desengasgo, se necessário.
Espero que o conteúdo tenha ajudado e aguardo vocês em uma consulta para explicar com mais clareza todos os tópicos opara uma introdução alimentar descomplicada e bem sucedida.